quarta-feira, 26 de maio de 2010


Cruz alta - Lendas

Lenda da Fundação de Cruz Alta

Cruz Alta não esquece os hábitos e costumes do pago, assim como não esquece seu passado heróico e glorioso. Assim suas histórias e lendas são passadas, atrevés dos anos, de geração em geração.
No longínquo ano de 1633, os missionários que atuavam nesta região, resolveram fundar várias fazendas de criação povoadas de gado, ovelhas, cabras e cavalos importados. João Rodrigues, administrador da Fazenda Conceição, morava na localidade, com a filha Jacy, órfã de mãe e criada pelo pai.
Passados sete anos de vida de Jacy, o maior prazer do pai era passear com a filha pelos campos, o que fazia nos domingos e férias. Um belo dia, passeando num feriado, João Rodrigues embrenhou-se pelo mato, deixando Jacy a beira do caminho. Retornando encontra a filha ao lado do terrível AÓ, animal feroz que habitava a região. Guarda o homem sua pistola temeroso de ferir a filha única, mas é tão grande a emoção que cai fulminado, deixando a pequena ao lado do feroz animal.
Anoitece e Jacy sente fome, e eis que a fera temida oferece as mamas para a assustada filha de João Rodrigues. No outro dia bem cedo, vem o socorro da estância, e atônitos os empregados se deparam com Jacy ao lado da fera. Milagre de Jesus afirmaram todos, e no local plantam uma enorme Cruz de madeira.
A notícia o milagre se espalhou pela região e veio gente de longe para conhecer o lugar. Mais tarde ergueu-se uma capela, e logo depois ali se formou o povoado. E em virtude da Cruz ali existente, passou a ser chamada de “POVO DA IGREJA DA CRUZ ALTA”.



Lenda de Anahí
Era ANAHI a princesa índia de uma das tribos mais guerreira da raça Guarani. Não era linda, mas tinha uma voz maravilhosa, cuja doçura era inigualável quando imitava o canto do Curichiré. ANAHI, vivia tranqüila entre os seus, quando espalhou-se a notícia de que os brancos conquistadores marchavam sobre seus domínios para assumir o comando de suas terras.
ANAHI não vacilou, passou a acompanhar o seu povo, na defesa de seu chão e da sua liberdade. Lutava bravamente quando caiu prisioneira dos inimigos. A coitada é torturada, não se rendeu a vontade dos conquistadores e não traiu seu povo. Revoltado com a recusa de ANAHI, os homens brancos a condenaram a morrer amarrada a uma fogueira.
Uma noite antes da execução, ANAHI conseguiu fugir mas foi capturada e imediatamente executada. Acendeu-se uma fogueira e as chamas arderam envolvendo a índia que foi devorada pelas chamas.
No dia seguinte, quando seus inimigos acordaram, ficaram surpresos ao deparar com a árvore onde ANAHI fora sacrificada, coberta de flores vermelhas, parecendo lágrimas de sangue.
Conta a Lenda que a princesa guerreira morreu, mas continua vivendo transformada na flor de corticeira.



Lenda da Lagoa do Cemitério
Contam os mais antigos conhecedores das lendas e tradições de Cruz Alta, que há muito tempo viveu aqui uma linda jovem de família nobre e altiva, a qual de apaixonou por um moço pobre e humilde. Desse amor nasceu um filho, que revoltou a família da moça de tal forma que lhe roubaram o recém nascido e o jogaram na outrora existente Lagoa do Cemitério, localizada nas proximidades do hoje cemitério de Cruz Alta.
Nas horas morta da noite ouviram-se, não raro, gritos e lamentos daquele que ficou sendo chamado na época de monstro da lagoa, o qual chamava pelos pais e pela benção do batismo. Tal era o lamento do pobre inocente morto, que os moradores das imediações chamaram o padre da paróquia da vila, para dar-lhe a benção do batismo.
Conta a Lenda, que deste dia em diante não se ouviu mais os lamentos da criança desaparecida, mas o padre que batizara passou a ser acusado de sacrilégio, acabou preso pelo delegado de polícia, sendo colocado nu, em um calabouço fechado a sete chaves vigiados por guardas fortemente armados.
Entretanto, a curiosidade do delegado foi maior, conta a lenda, e uma noite, deixando o padre muito bem vigiado, foi a lagoa ver de perto o monstro local. Aterrorizado ouviu seus gritos e uma voz que lhe pedia para libertar o pobre cura. Voltou ao local disposto a libertar o pobre vigário, mas ficou ainda mais surpreso que o mesmo estava fora dela lendo tranqüilamente sob as árvores do pátio da prisão. Contam até hoje que o monstro da lagoa abriu a cela e libertou o padre prisioneiro.
Deste dia em diante não de ouviu mais os lamentos da criança morta, mas foi lançada uma maldição que deveria vigorar por muitos e muitos anos. Todo o filho desta terra, para prosperar e ficar famoso, teria que deixar Cruz Alta e passar a viver noutras paragens





Lenda da Panelinha
Era uma restinga carrasquenta. Um olho d’água vertia e deslizava de acordo com os acidentes da natureza inóspita. Outros mananciais vinham juntar-se ao filete inicial, para um ponto qualquer formar as barrocas que desde logo ficaram conhecidas como PANELINHA.
A Lenda da PANELINHA vem de tempos imemoriais. Parece que desde os primeiros mestiçamentos das Índias com os tropeiros que iam a Sorocaba e voltavam sempre para beber a água do arroio. E foi nesse ir e voltar, que na imaginação simples dos primeiros moradores, dos rancheiros que ergueram seus casebres `a beira dos caminhos, que foi se cristalizando o entendimento de que, quem bebesse da água da fonte fatalmente retornaria ao povoado.
As moças casadeiras, que viam moços bonitos, tratavam logo de levá-los à fonte da água pura, que além de pura, era revestida de misteriosos sortilégios.
Depois, o povoado virou vila e mais tarde passou a cidade. Mas a lenda persistiu arraigadamente nos hábitos da população, e hoje já se incorporou ao patrimônio da terra.
A panelinha está ali. Ela encanta Cruz Alta. Ela simboliza uma lenda. Um dia voltará a fluir a água da fonte da Panelinha, atraindo outra vez as donzelas para dar de beber aos seus amados, como símbolo de nossa tradição. Um dia alguém fará com que das entranhas da terra venha brotar a água da fonte, e será ela a fonte da felicidade, onde a pureza da água misturada a seus efeitos mágicos, fará dela uma fonte dos que, cansados das emoções do cotidiano, procuram algo novo, fazendo com que passem além de suas gerações.

Fonte: Prefeitura Municipal de Cruz Alta - Seccretaria de Turismo

Cruz alta - Lendas

Lenda da Fundação de Cruz Alta

Cruz Alta não esquece os hábitos e costumes do pago, assim como não esquece seu passado heróico e glorioso. Assim suas histórias e lendas são passadas, atrevés dos anos, de geração em geração.
No longínquo ano de 1633, os missionários que atuavam nesta região, resolveram fundar várias fazendas de criação povoadas de gado, ovelhas, cabras e cavalos importados. João Rodrigues, administrador da Fazenda Conceição, morava na localidade, com a filha Jacy, órfã de mãe e criada pelo pai.
Passados sete anos de vida de Jacy, o maior prazer do pai era passear com a filha pelos campos, o que fazia nos domingos e férias. Um belo dia, passeando num feriado, João Rodrigues embrenhou-se pelo mato, deixando Jacy a beira do caminho. Retornando encontra a filha ao lado do terrível AÓ, animal feroz que habitava a região. Guarda o homem sua pistola temeroso de ferir a filha única, mas é tão grande a emoção que cai fulminado, deixando a pequena ao lado do feroz animal.
Anoitece e Jacy sente fome, e eis que a fera temida oferece as mamas para a assustada filha de João Rodrigues. No outro dia bem cedo, vem o socorro da estância, e atônitos os empregados se deparam com Jacy ao lado da fera. Milagre de Jesus afirmaram todos, e no local plantam uma enorme Cruz de madeira.
A notícia o milagre se espalhou pela região e veio gente de longe para conhecer o lugar. Mais tarde ergueu-se uma capela, e logo depois ali se formou o povoado. E em virtude da Cruz ali existente, passou a ser chamada de “POVO DA IGREJA DA CRUZ ALTA”.



Lenda de Anahí
Era ANAHI a princesa índia de uma das tribos mais guerreira da raça Guarani. Não era linda, mas tinha uma voz maravilhosa, cuja doçura era inigualável quando imitava o canto do Curichiré. ANAHI, vivia tranqüila entre os seus, quando espalhou-se a notícia de que os brancos conquistadores marchavam sobre seus domínios para assumir o comando de suas terras.
ANAHI não vacilou, passou a acompanhar o seu povo, na defesa de seu chão e da sua liberdade. Lutava bravamente quando caiu prisioneira dos inimigos. A coitada é torturada, não se rendeu a vontade dos conquistadores e não traiu seu povo. Revoltado com a recusa de ANAHI, os homens brancos a condenaram a morrer amarrada a uma fogueira.
Uma noite antes da execução, ANAHI conseguiu fugir mas foi capturada e imediatamente executada. Acendeu-se uma fogueira e as chamas arderam envolvendo a índia que foi devorada pelas chamas.
No dia seguinte, quando seus inimigos acordaram, ficaram surpresos ao deparar com a árvore onde ANAHI fora sacrificada, coberta de flores vermelhas, parecendo lágrimas de sangue.
Conta a Lenda que a princesa guerreira morreu, mas continua vivendo transformada na flor de corticeira.



Lenda da Lagoa do Cemitério
Contam os mais antigos conhecedores das lendas e tradições de Cruz Alta, que há muito tempo viveu aqui uma linda jovem de família nobre e altiva, a qual de apaixonou por um moço pobre e humilde. Desse amor nasceu um filho, que revoltou a família da moça de tal forma que lhe roubaram o recém nascido e o jogaram na outrora existente Lagoa do Cemitério, localizada nas proximidades do hoje cemitério de Cruz Alta.
Nas horas morta da noite ouviram-se, não raro, gritos e lamentos daquele que ficou sendo chamado na época de monstro da lagoa, o qual chamava pelos pais e pela benção do batismo. Tal era o lamento do pobre inocente morto, que os moradores das imediações chamaram o padre da paróquia da vila, para dar-lhe a benção do batismo.
Conta a Lenda, que deste dia em diante não se ouviu mais os lamentos da criança desaparecida, mas o padre que batizara passou a ser acusado de sacrilégio, acabou preso pelo delegado de polícia, sendo colocado nu, em um calabouço fechado a sete chaves vigiados por guardas fortemente armados.
Entretanto, a curiosidade do delegado foi maior, conta a lenda, e uma noite, deixando o padre muito bem vigiado, foi a lagoa ver de perto o monstro local. Aterrorizado ouviu seus gritos e uma voz que lhe pedia para libertar o pobre cura. Voltou ao local disposto a libertar o pobre vigário, mas ficou ainda mais surpreso que o mesmo estava fora dela lendo tranqüilamente sob as árvores do pátio da prisão. Contam até hoje que o monstro da lagoa abriu a cela e libertou o padre prisioneiro.
Deste dia em diante não de ouviu mais os lamentos da criança morta, mas foi lançada uma maldição que deveria vigorar por muitos e muitos anos. Todo o filho desta terra, para prosperar e ficar famoso, teria que deixar Cruz Alta e passar a viver noutras paragens





Lenda da Panelinha
Era uma restinga carrasquenta. Um olho d’água vertia e deslizava de acordo com os acidentes da natureza inóspita. Outros mananciais vinham juntar-se ao filete inicial, para um ponto qualquer formar as barrocas que desde logo ficaram conhecidas como PANELINHA.
A Lenda da PANELINHA vem de tempos imemoriais. Parece que desde os primeiros mestiçamentos das Índias com os tropeiros que iam a Sorocaba e voltavam sempre para beber a água do arroio. E foi nesse ir e voltar, que na imaginação simples dos primeiros moradores, dos rancheiros que ergueram seus casebres `a beira dos caminhos, que foi se cristalizando o entendimento de que, quem bebesse da água da fonte fatalmente retornaria ao povoado.
As moças casadeiras, que viam moços bonitos, tratavam logo de levá-los à fonte da água pura, que além de pura, era revestida de misteriosos sortilégios.
Depois, o povoado virou vila e mais tarde passou a cidade. Mas a lenda persistiu arraigadamente nos hábitos da população, e hoje já se incorporou ao patrimônio da terra.
A panelinha está ali. Ela encanta Cruz Alta. Ela simboliza uma lenda. Um dia voltará a fluir a água da fonte da Panelinha, atraindo outra vez as donzelas para dar de beber aos seus amados, como símbolo de nossa tradição. Um dia alguém fará com que das entranhas da terra venha brotar a água da fonte, e será ela a fonte da felicidade, onde a pureza da água misturada a seus efeitos mágicos, fará dela uma fonte dos que, cansados das emoções do cotidiano, procuram algo novo, fazendo com que passem além de suas gerações.

Fonte: Prefeitura Municipal de Cruz Alta - Seccretaria de Turismo

História de Cruz Alta

A história de Cruz Alta remonta ao final do século XVII, quando uma grande cruz de madeira foi erguida a mando do padre jesuíta Anton Sepp Von Rechegg em 1698, logo após a fundação de São João Batista nos Sete Povos Missioneiros. Mais tarde, com a demarcação do Tratado de Santo Ildefonso em 1777, a linha divisória (Campos Neutrais) que separava as terras da Espanha das de Portugal, cortava o território rio-grandense pelos divisores de água exatamente por esse local onde existia a grande cruz e uma pequena Capela do Menino Jesus. A partir de então, este imenso "corredor", recebeu um grande fluxo de pessoas das mais variadas atividades, como comerciantes, desertores do exército, contrabandistas, imigrantes, etc. A cruz alta tornou-se ponto de invernada e um grande pouso para milhares de tropeiros oriundos das fronteiras com Argentina e Uruguai, que se dirigiam até a Feira de Sorocaba para comercialização dos animais muares (mulas).

O local consolidou-se ainda no final do século XVIII como Pouso dos Tropeiros e muitos passaram a residir nas proximidades, até que, no início do século XIX depois de uma tentativa sem sucesso, mudaram-se então mais para o norte estabelecendo-se onde hoje está a cidade de Cruz Alta, cuja fundação deu-se no dia 18 de agosto de 1821 em resposta a uma petição feita pelos moradores. A boa água das vertentes do Arroio Panelinha que abasteciam os viajantes pelas mãos das nativas do lugar, deu origem à Lenda da Panelinha, que prega o retorno à Cruz Alta daqueles que em suas águas saciarem a sede.

O município de Cruz Alta foi criado por uma Resolução Imperial em 11 de março de 1833, pelo Presidente da Província da época, Visconde de Macaé José Carlos Pereira de Almeida Torres. Tornou-se então um dos maiores e mais importantes municípios do Estado do Rio Grande do Sul, quando foi desmembrado de Rio Pardo (um dos quatro municípios iniciais do Estado).

Cruz Alta, outrora imenso território, das terras originais do município-mãe se desmembraram 219 municípios do Rio Grande do Sul, que se subdividiram ainda mais ao longo dos séculos XIX, XX e XXI. Alguns municípios filhos de Cruz Alta: Passo Fundo (1857), Santa Maria (1857), Santo Ângelo (1873), Palmeira das Missões (1874), Soledade (1875), Vila Rica ( hoje Júlio de Castilhos, 1891), Ijuí (1912), Panambi (1954), Ibirubá(1954) e tantos outros.

Esse grande território serviu de berço para importantes personalidades gaúchas, como o escritor Erico Veríssimo, o político Júlio de Castilhos, o senador José Gomes Pinheiro Machado, os generais Salvador Pinheiro Machado e Firmino de Paula, o médico Heitor Annes Dias, o poeta Heitor Saldanha, o jornalista Justino Martins, o artista plástico Saint Clair Cemin, dentre tantos outros.

Cruz Alta foi elemento importante em quase todos os principais acontecimentos políticos, militares, econômicos e religiosos que o estado vivenciou. Desde as escaramuças da Revolução Farroupilha, quando o município recém criado foi alvo de incursões militares e especulações políticas em sua Câmara de Vereadores, além de receber o Alto Comando Farrapo em janeiro de 1841 com a presença de Bento Gonçalves, Giuseppe Garibaldi e Anita Garibaldi, David Canabarro, entre tantos outros.

Já na Guerra do Paraguai, Cruz Alta forneceu um sem número de Voluntários da Pátria que pelearam sob o comando do Coronel Jango Vidal e do Brigadeiro José Gomes Portinho (depois agraciado com o título de Barão da Cruz Alta) nas Companhias de Voluntários nºs 19 e 40 e da 4ª Divisão de Cavalaria.

Em maio de 1879, a cidade passou a contar com serviços de telégrafo, facilitando a comunicaçãoProvíncia, ao restante do país, com as Américas e a Europa. com a

Durante a sangrenta Revolução de 1893, o município foi apelidada de "Ninho dos Pica-paus" foi um dos mais importantes palcos dos acontecimentos e o lugar onde a prática da degola neste período foi mais intensa. Milhares de pessoas tombaram pelos campos e no município, vítimas desta que foi talvez a mais sangrenta revolução da América Latina. Cruz Alta foi atacada em 26 de agosto de 1894 pelas tropas maragatas sob o comando de Aparício Saraiva, irmão de Gumercindo Saraiva morto dias antes em Carovi, hoje chamado Santiago com aproximadamente 1.500 homens.

Em 2 de agosto de 1895 é fundada a Loja Maçônica Harmonia Cruz-Altense com 18 membros influentes na sociedade.

Já na Revolução de 1923, hordas de tropas circulavam incessantemente por seu território, depois dos alinhavados permeados de conchavos registrados nas dezenas de correspondências trocadas entre Borges de Medeiros e Firmino de Paula e Silva para maquinar os destinos da Revolução.

Na década de 1970, mais precisamente em 1 de julho de 1979 é instalada a TV Cruz Alta - Canal 3, emissora parte da RBS e afiliada da TV Globo, Tempos depois passou a denominar-se RBS TV Cruz Alta. A emissora venho a colaborar com o desenvolvimento na região noroeste do estado, no meio publicitário e na comunicação de massa na área de abrangência, descobrindo vários profissionais de expressão estadual e nacional.